História:
A história começou em 1974, ano em que aconteceu um grande desfile cívico histórico em comemoração aos 150 anos da imigração alemã no Rio Grande do Sul. Nesse desfile, todas as comunidades do interior mostraram trajes, ferramentas, objetos, móveis e outros utensílios antigos.
Percebeu-se o grande valor histórico que estas peças continham e que era necessário fazer algo para preservá-las. A população gostou muito do desfile e apoiou a preservação. Surgiu então a ideia do Parque, que centralizaria também as tradicionais festas do Município.
O então prefeito Afonso Grings nomeou uma comissão encarregada de procurar um local e pesquisar o acervo. Assim que definiram o local, que pertencia a dois proprietários, o mesmo prefeito decretou a área de utilidade pública para fins de desapropriação, mas não efetuou a compra. O prefeito seguinte, Ewaldo Michaelsen, adquiriu parte da área e a outra parte foi vendida pelos proprietários à Cooperativa Agropecuária Piá. As muitas dificuldades fizeram com que se perdesse a empolgação inicial, mas alguns não desistiram da ideia. O próximo prefeito, Siegfried Drechsler empenhou-se muito na negociação com a Cooperativa Piá e efetuou uma permuta de áreas de terras, completando assim, em 1983, a área total que o Parque tem hoje (10 hectares).
Na época, havia uma grande preocupação com relação às casas construídas com técnica enxaimel. A população estava desmontando as casas, trocando os telhados por telhas de zinco, enfim, muitas casas desapareceram naqueles tempos sem que se pudesse fazer algo para impedir. Por isto o grande foco do Parque é a arquitetura enxaimel.
Os prédios escolhidos para fazer parte do acervo vieram de diversas localidades do interior do município. Foram fotografados de vários ângulos, desmontados, carregados em caminhões até o local onde seriam reerguidos a partir das fotos tiradas. Todas as casas foram compradas dos proprietários com recursos públicos e, em 12 de janeiro de 1985, aconteceu a inauguração do Parque Aldeia do Imigrante.
Detalhes:
O Parque Aldeia do Imigrante é o atrativo turístico de maior destaque do município. Foi criado para resgatar e preservar o passado histórico dos imigrantes que colonizaram esta região, predominando a imigração alemã. O Parque está dividido em dois espaços, sendo o primeiro a Aldeia Bávara e o segundo a Aldeia Histórica, na qual há a representação da história dos primeiros imigrantes em forma de Museu Vivo. Além de preservar o patrimônio cultural, o patrimônio natural também é preservado.
Inaugurado oficialmente em 12 de janeiro de 1985, ele ocupa uma área de aproximadamente dez hectares, sendo a maior parte mata nativa. Na entrada do Parque foi erguida uma "Aldeia Bávara" com os seguintes elementos arquitetônicos: "Pórtico de Entrada", lojas de malhas, artesanato e produtos coloniais, "Salão de Baile", Quiosque para apresentação do rico folclore da região e o "Biergarten" (Jardim da Cerveja). Estes prédios foram construídos para as tradicionais festas do Município. No coração do Parque, a reconstrução de antigos prédios históricos com técnica "enxaimel", removidos de diversas localidades do interior, constituem a "Aldeia Histórica", demonstrando a estrutura e funcionamento de uma aldeia de Imigrantes, entre os anos de 1870 e 1910. Nesta Aldeia, encontram-se as seguintes construções, algumas com aproximadamente 100 anos: Capela do Imigrante, cemitério, venda com salão de baile, réplica da primeira sede da cooperativa de crédito mais antiga da América Latina, casa com cantina, ferraria, escola comunitária, casa do professor, casa do sapateiro, casa paroquial, estúdio fotográfico de foto à moda antiga, de Germano Schüür, e o Museu Histórico Municipal.
Fontes: Prefeitura Nova Petrópolis, Panoramio e Villa Bella